A fugacidade das relações e as dificuldades de criar vínculos [1]. Refiro-me à troca constante de pares sem que haja maior envolvimento de uma ou ambas as partes, construindo um universo de relações fugazes, sem maiores conseqüências ou durabilidade. Para isto tomo como hipótese a existência de um transtorno de ordem narcísica que responde por esta dificuldade. É uma sociedade onde prevalece o consumo; e consumo requer leveza e velocidade, novidade e variedade [2]. Eles buscam um amor líquido que se assemelha, sobretudo a uma descarga pulsional imediata e sem esforços, como se pudessem negar a existência da realidade e seus princípios. Em termos cotidianos, eles parecem buscar predominantemente um envolvimento sexual e nada mais. Mas seguro de quê?
Assusta, me faz desejar um escudo que cubra o corpo para me proteger, tampões de ouvido e distância para ficar longe fisicamente. Abrir um guardamento chuva entre nós duas. É um jorro de merda ou um vômito escuro em jatos fortes. Tenho vontade de agredir também. Talvez aí ela possa começar a sonhar, acreditar nela, ver algo de bom em si. Nós duas nos enveredarmos por esse mundo interno, para ela assustador, monstruoso, que contém tamanha dor, que é como se lhe arrancasse a pele, pedaços de si ou o corporação urrando de dor.
O narcisismo no contexto da maternidade: Algumas evidências empíricas. Esses do auto-erotismo para o narcisismo somente poderia tipos de escolha objetal foram denominados, respecti- adergar desde que esse corpo auto-erótico fosse ob- vamente, de anaclítico ou de apoio e narcísico. De alguma formato, pode-se pensar que a costura ciado na infância para o objeto. Quanto referem Aulagnier a e Bydlowski ao objeto investido durante a gra Nesse sentido, Aulagnier apon- mo, o que permite à libido tomar essa percepção ta que o processo de investimento libidinal materno como objeto total.